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Resenha - Antes que eu vá (Lauren Oliver)


"Talvez você possa se dar ao luxo de esperar. Talvez para você haja um amanhã. Um, dois, três ou dez milhões de amanhãs... Tanto tempo, que você possa nadar nele, deixar rolar e enrolar-se nele, deixá-lo cair como moedas por entre os dedos. Tanto tempo, que você possa desperdiçá-lo. Mas, para alguns de nós, há apenas o hoje. E a verdade, afinal, é que você nunca sabe quando chegará sua vez.Samantha Kingston tem tudo: o namorado mais cobiçado do universo, três amigas fantásticas e todos os privilégios no Thomas Jefferson, o colégio que frequenta - da melhor mesa do refeitório à vaga mais bem-posicionada do estacionamento.Aquela sexta-feira, 12 de fevereiro, deveria ser apenas mais um dia de sua vida mágica e perfeita. Em vez disso, acaba sendo o último. Mas ela ganha uma segunda chance. Sete "segundas chances", na verdade. E, ao reviver aquele dia vezes seguidas, Samantha desvenda o mistério que envolve sua morte - descobrindo, enfim, o verdadeiro valor de tudo o que está prestes a perder."

E se você tivesse a chance de retornar e fazer diferente? Quais seriam as mudanças?




Samantha Kingstom tem 17 anos e muito para fazer. Depois de uma vida de popularidade, pequenas mentiras e desconhecimento de fatos, ela se vê presa a um momento que parece ser eterno: o momento de sua morte. Mas, como qualquer ser humano, ela não sabe o porquê de morrer, como é morrer ou o que deve ser feito para que o tempo volte a correr novamente e, claro, ela tenha sua vida de volta. Tudo o que ela queria era poder voltar a ser a bela adolescente que ela sempre fora. Mas todo dia de manhã é o mesmo dia. E Sam sabe a sensação que terá ao adormecer.

Não esperava muito do livro, embora o tema me agradasse. A surpresa e o encantamento foram grandes, no entanto. Comovo-me com a agonia de se sentir presa no tempo, de não saber o que o destino espera que você faça. E o próprio leitor fica desesperado em busca da solução para o problema de Samantha. Ninguém quer morrer todo dia. Ninguém quer dormir e saber que terá de viver as mesmas experiências. Ficamos ansiosos para saber qual será o passo dado pela protagonista no próximo dia de sua vida. E nos surpreendemos com as escolhas que ela toma e a revelação da realidade. O livro inteiro é um jogo de atos e palavras, todos entrelaçados num mesmo destino. E a grande dúvida é saber em qual ponto eles devem ser separados e modificados para que haja a mudança e a quebra da repetição.
Apesar de ter alguns erros de edição, o livro me ganhou por seu final, que quase me fez chorar. Tive que ler novamente a última página até que pudesse dizer: É, é isso mesmo. O elemento surpresa é imprescindível em um livro, e esse conseguiu me surpreender.

Vale a pena ler para repensar a nossa existência, a rede de relações que construímos, a consequência que cada palavra pode ter na nossa vida e na vida de outros .


“A questão é: você não tem como saber. Você não acorda com uma sensação estranha no estômago. Não vê sombras que não existem. Não se lembra de dizer a seus pais que os ama ou – no meu caso – nem mesmo se despede deles.”





Um comentário:

  1. Eu adoro um bom drama, e essa resenha reforça ainda mais a minha ideia de tê-lo como presente de Natal.
    O livro pela capa e nome já emociona, com certeza vou adorar e com certeza vou chorar rios de lágrima.
    Esse livro é daqueles que nos fazem refletir sobre a vida e é exatamente do que estou precisando.
    Resenha perfeita, adorei.
    bjoss ;*

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